MOVIMENTO POPULAR “B A L A N Ç A N Ã O”
Meus queridos amigos leitores o assunto volta hoje a ser ESTRADA / BALANÇA, em vista da repercussão e das reclamações que temos ouvidos dos moradores do 2º Distrito, com a continuação das obras para a implantação da balança para aferir os pesos dos caminhões que trafegam na Rodovia Santos Dumont ( BR 116 ) - a nossa estrada, que deveria trazer o progresso para a região, no entanto é sempre objeto de preocupação pelos desmandos autoritários a que somos submetidos, obrigando-nos a dedicar permanente vigilância e mobilização para que não se façam e perpetuem as afrontas aos nossos direitos de cidadãos contribuintes.
Lembramos a quem interessar possa que as coisas, assim aconteceram, faz exatamente onze anos, quando de forma violenta impuseram a nós moradores a ferramenta que locupletou a poucos em detrimento e desrespeito a muitos. Acontece que naquela época éramos inexperientes em matéria de defesa de direitos pisados, não tínhamos a competência de hoje e a união era muito frágil. O tempo nos ensinou. O repúdio agora é o mesmo.
Hoje a conversa é outra e, sabemos muito bem onde buscar as maneiras de fazer valer os nossos direitos.
Antes de tudo que será aqui consignado, queremos deixar bem claro que não somos contra qualquer tipo de fiscalização, até pela nossa formação profissional, a qual nos dedicamos com altivez e denodo por longos trinta e cinco anos.
Toda fiscalização será bem vinda, desde que sigam as regras gerais e o bom senso e, os direitos constitucionais assegurados a todos os brasileiros, destarte, que nunca prosperem as vantagens individuais ou as negociadas sem a presença dos interessados diretamente, no caso em análise - os usuários.
Sabemos que os governos se empenham em manter as estradas em condições de uso regular, adotando política de repreensão aos infratores conforme legislação disponível em vigor.
Sabemos, também, que o excesso de peso no transporte de cargas é responsável pelo maior desgaste do veículo, dos pneus, maior consumo de combustível e prejuízos à conservação ao asfalto, conforme atestam pesquisas feitas sobre o assunto.
Mecânicos e carreteiros sabem por experiências próprias que o excesso de carga não compensa um eventual lucro no custo final do frete, que acaba sendo diluído no aumento das despesas com a manutenção do veículo transportador de cargas, além do risco de ser pego numa das poucas balanças em funcionamento nas estradas brasileiras, fato que pode resultar em multa e na necessidade de transferir parte da carga para outro transporte. Atrasando a si e a outrem.
Estudos recentes feitos por técnicos do DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes) demonstram que um caminhão com 50% de excesso de carga causa 10 vezes mais danos ao pavimento do que se estivesse com o peso dentro da lei. Vale lembrar, também, a baixa qualidade do asfalto utilizado, os traçados mal feitos, principalmente as curvas e acostamentos, além da ação das chuvas, comprometendo as condições de trafego nas estradas. Comprometendo as entregas fretadas e arriscando a validade e conservação das mercadorias.
Mesmo assim, muitos carreteiros continuam transportando peso acima do permitido, e a fiscalização por meio de balanças ainda é muito precária.
A maioria das balanças instaladas está fora de operação, segundo informações oficiais. Das setenta e cinco unidades existentes nas rodovias federais, sessenta e seis estão inoperantes, oito em operação e uma em fase de ativação, conforme, ainda as informações colhidas.
Visto isso, demonstramos que as condições de instalações das balanças foram avaliadas por nós e que as necessidades de novas se impõem, deixamos assim, sem dúvidas, que, o nosso posicionamento não é contra a colocação de balanças para fiscalizar as cargas transportadas em excesso, e sim, a sua implantação em Três Córregos pelas condições ali existentes.
O local é inapropriado, o que se dá pelo pouco espaço, situado que está exatamente na entrada da VIA ALTERNATIVA - como já dissemos anteriormente, em outra matéria escrita, a via é uma estrada Municipal constante do mapa da cidade, os moradores pagam IPTU normalmente, e o muro que será colocado ali, impedirá a passagem de quem quer entrar ou sair de casa ou transitar no logradouro, em seu quotidiano.
O espaço acanhado na beira da estrada, por certo trará grandes congestionamentos, causando toda sorte de transtornos aos moradores do 2º Distrito e municípios vizinhos, atrasando o movimento do usuário, acarretando prejuízos e revoltas nas viagens.
Ainda, é de bom alvitre salientar que a estrada deve ter seguimento e o escoamento normal em seu fluxo, pois quem não necessita ser pesado (fiscalizado) não pode ter a viagem retida ou aumentada em seu tempo, muitas vezes perdendo as cargas perecíveis. A dificuldade de transitar no engarrafamento, ainda causará problema em atendimentos ou socorros de urgências.
Engarrafamento provocado por BALANÇA não se admite em hipótese alguma.
O LOCAL É IMPRÓPRIO PARA FISCALIZAR PESOS E CARGAS, SEM INCOMODAR A TODOS OS OUTROS USUÁRIOS EM SUAS PASSAGENS E VIAGENS.
JOSÉ RENATO GAMA DOS SANTOS, Diretor Secretário da ASSURB - Associação dos Usuários da Rodovia BR 116, Teresópolis, RJ
Nenhum comentário:
Postar um comentário