quarta-feira, 27 de maio de 2009


PEDÁGIO DE TRÊS CÓRREGOS
RETROSPECTIVA: DEZ ANOS DE RESISTÊNCIA (2ª parte)
JOSÉ RENATO GAMA DOS SANTOS
Meus queridos leitores retornamos hoje a retrospectiva dos 10 anos de lutas pela retirada da Praça de Pedágio de Três Córregos onde toda sorte de injustiças foram cometidas pelas autoridades (ir) responsáveis pela condução da administração pública.
Ao longo desse período atravessamos diversas fases, ora de tristezas ora de alegrias, ora de esperanças ora de desânimos, assistimos a inoperância de um governo federal que esqueceu os de pés no chão, para privilegiar as elites opressoras (falo aqui das grandes empresas sonegadoras, que se prestam para locupletar dirigentes da classes média alta ou altíssima).
Por inúmeras vezes denunciamos as irregularidades na concessão e manutenção do contrato de privatização das estradas, sendo sempre as mesmas vencedoras, cartas marcadas para no futuro garantirem, através das acionistas, doações polpudas às campanhas eleitorais. ISTO TEM QUE ACABAR.
Em Concorrência Pública realizada em setembro de 2007, em forte golpe na saúde dessas donas das estradas, ficou comprovado sobejamente, que os preços extorsivos eram cobrados abusivamente, pelas empresas concessionárias de pedágios, sem qualquer cerimônia com a aquiescência silente da administração pública delegada pelo voto popular. QUE VERGONHA.
Tal acontecimento se deu pela participação de empresas estrangeiras do ramo, e sem os vícios costumeiros em nossa terra. Desse modo a sociedade teve as suas esperanças renovadas, animada com a possibilidade de revisão nos preços cobrados nas cabines de pedágios, inclusive àquela imposta ao nosso Município. Portanto os valores podem ser reduzidos, sem riscos de prejuízos as pedagiadoras, todavia se acontecer o seguro que pagamos embutido na tarifa, cobrirá o desequilíbrio econômico-financeiro.
O TCU – Tribunal de Contas da União em ato exasperado, em vista do clamor público, pela constatação dos preços, mandou que os antigos contratos, aí incluso o nosso pedágio de todos os dias, assinado com a CRT – Concessionária Rio Teresópolis S.A., fossem auditados para a possível revisão das tarifas cobradas na atualidade .
Não se tem notícias de qualquer ação ou solução em resposta, apenas sabemos que em fevereiro no transcurso do aniversário de instalação da ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, foi promovida em Brasília grandiosa festa comemorativo, tendo o patrocínio (pagamento total da conta) das Associações das Empresas “exploradoras de pedágios.” É MOLE!!!
Em 26 de setembro de 2003 quando da realização da Audiência Pública, em nossa cidade, cresceram as esperanças, para imediatamente se frustarem, pois o homem que entendeu o sofrimento dos moradores de Teresópolis, principalmente do 2º Distrito, assim que chegou em Brasília foi desautorizado e demitido. HONESTO NÃO TEM VEZ!!!
Vejam que enfrentamos o Gigante Golias e a nossa arma é a resistência, em luta ordeira e pacífica, sem medos ou receios, porém sempre com os pés trás, sabedores que somos da influência significativa e do poder de persuasão do poder econômico instalado infelizmente em nosso país.
Não tememos o Gigante, enfrentaremos o mesmo com a Armadura do Senhor. SE DEUS É POR NÓS, QUEM SERÁ CONTRA!!!
A demora na vitória definitiva é para que haja todos os ajustes necessários e a participação comunitária se realize, aferindo aos cidadãos conquista exemplar e permanente. Nossa conquista servirá de espelho para nossos filhos e netos, consignando na história da Cidade de Teresópolis a luta social pelos direitos ofendidos, readmitidos na retomada da Estrada Rio-Bahia – a BR 116.
José Renato Gama dos Santos brasileiro ávido pela reconquista do espaço tomado, por empresários e administradores públicos seguidores da premissa: toma lá, dá cá.

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