quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

NOTÍCIAS SOBRE OS PEDÁGIOS, CADA VEZ MAIS EM NOSSOS ESPAÇOS, TOMANDO AS ESTRADAS QUE FORAM CONSTRUÍDAS COM OS IMPOSTOS PAGOS !!!


Indaiatuba sedia 1ª Reunião Estadual Contra os Pedágios Abusivos em SP

Prefeitos, deputados e lideranças políticas se reúnem em Indaiatuba para definir ação integrada.
A região de Campinas encabeça uma campanha contra os pedágios no Estado de São Paulo. Uma reunião na Câmara de Indaiatuba hoje reunirá movimentos sociais, sindicatos, lideranças políticas e prefeitos da Região Metropolitana de Campinas (RMC) e de outras regiões, como Baixada Santista, Vale do Paraíba e municípios do entorno do Rodoanel, como Osasco e Perus. A ideia é formar um grupo de trabalho para discutir tecnicamente possíveis mudanças na política de cobrança nas rodovias.
“Há uma necessidade de estadualizar o movimento. Em todo o Estado, há problemas com os pedágios”, disse o organizador do evento, José Matos, que é coordenador da Comissão Cidadania Participativa de Indaiatuba — um grupo que luta pela diminuição do valor da tarifa cobrada na Rodovia Santos Dumont (SP-75), que é de R$ 8,80.
Para Matos, 2010 é o ano ideal para discutir o problema, já que o principal interlocutor desse processo, o governador José Serra (PSDB), é um dos pré-candidatos para a sucessão presidencial.
O movimento tem o apoio do novo presidente da RMC, Gustavo Reis (PPS), que ontem falou em união de forças entre prefeitos para pressionar o governo estadual a buscar solução ao problema.
O deputado estadual Antonio Mentor (PT) disse que, apesar do envolvimento de petistas nesse movimento, há uma preocupação de se manter o caráter suprapartidário ao colegiado. “O movimento é político, mas não partidário. Queremos unir outras forças que possam lutar não apenas contra as praças dos pedágios, como também conseguir rever, por exemplo, as tarifas exorbitantes”, disse.
A principal proposta do grupo é que se altere o modelo de concessão, que hoje é oneroso, ou seja, as concessionárias pagam outorga ao Estado. “Nas concessões federais, ganha a empresa que cobra o menor valor”, afirmou.
Também será discutida a possibilidade de formação de uma frente parlamentar na Assembleia Legislativa para tratar do assunto. Outra intenção é a de instituir o dia 1 de julho como o dia de mobilização contra os pedágios do Estado de São Paulo.
Em toda região expandida são 22 praças de cobrança em operação e uma em construção. Dessas, 11 estão dentro da RMC. Algumas delas sitiam cidades e penalizam moradores. Em municípios como Monte Mor e Cosmópolis, por exemplo, os pedágios dividiram os próprios municípios, separando zona rural da urbana.
Elias Fausto é outro exemplo de cidade cercada por pedágios. São cinco praças, nos sentidos de Campinas, Itu, Tietê, Piracicaba e Indaiatuba. O prefeito Ciro Maia (PT) participará da reunião. “Seria ótimo se diminuíssem os valores ou até tirassem algumas praças.”
Foram convidados para o evento em Indaiatuba, marcado para as 19h, alguns prefeitos da região e deputados estaduais, como Carlinhos de Almeida (PT), que luta contra pedágios do Vale do Paraíba, e Marcos Martins (PT), contrário ao pedágio do Rodoanel.

Presidente da RMC defende pressão conjunta.
O presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC, Gustavo Reis (PPS), conclamou ontem a união entre os prefeitos para reivindicar ao governador José Serra (PSDB) a solução para o problema dos pedágios na região. “O momento é ideal para a reivindicação”, afirmou Reis numa referência clara à pré-candidatura de Serra à Presidência da República.
Reis, que é prefeito de Jaguariúna e de um dos partidos da base aliada do governador, afirmou que os pedágios na RMC dificultam o processo de desenvolvimento da região. Segundo ele, em alguns casos, a tarifa cobrada acaba sendo desproporcional ao trecho percorrido pelos motoristas.
Em Jaguariúna, uma das praças de pedágio instalada no Km 123, da Rodovia Adhemar Pereira de Barros (SP-340), cuja tarifa é de R$ 7,90, vai ser desmembrada por ordem do governo do Estado, após muita pressão por parte dos usuários.
A RMC é cortada atualmente por 11 praças. “Essa é uma questão de força política. E esse é o ano para essa ação política. Por isso, temos que nos unir e levar esse pleito ao governador, de forma a sensibilizá-lo sobre o problema”, defendeu o presidente da RMC, recém-eleito para o posto.
O movimento proposto por Reis deve ser seguido pela maioria dos prefeitos da RMC. É que muitos deles são constantemente bombardeados pela população sobre a responsabilidade diante da instalação das praças de pedágio. Um fonte ligada ao Conselho da RMC disse que, apesar de os prefeitos também serem vítimas do problema, para a população eles também são responsáveis pelos pedágios. Por isso acabam ficando numa saia-justa.
Para usuários e moradores das 19 cidades da RMC, os prefeitos foram omissos durante o processo de concessão das rodovias, onde se estabeleceu as construções dos pedágios. (Venceslau Borlina Filho/AAN)

Prefeito tucano é a favor de praça em Mogi Mirim obra, porém, é criticada por usuários da SP-34O e moradores das imediações.
O prefeito de Mogi Mirim, Carlos Nelson Bueno (PSDB), defendeu a instalação de uma segunda praça de pedágio na Rodovia Adhemar Pereira de Barros (SP-340), que ficaria no limite do município. A medida vai servir para reduzir os valores cobrados na praça de Jaguariúna, conforme determinação do governador José Serra (PSDB). O prefeito disse que não foi comunicado oficialmente da decisão, mas afirmou que sabe que o Estado se articula para formalizá-la.
Segundo Bueno, a praça deverá ser instalada no limite de Mogi Mirim com Santo Antonio de Posse, na altura do Rio Pirapitingui, por volta do Km 150. Para o prefeito, localizada nesse ponto, a nova praça não afetará Mogi Mirim. “O grande tráfego da cidade é para Campinas, então o valor continuará o mesmo”, afirmou. A praça de Jaguariúna fica no Km 120 e custa R$ 7,90.
Moradores das duas cidades mostraram insatisfação com a criação da nova praça. “Vou ter de parar de visitar minha irmã toda semana”, disse a frentista Prescilia Rodrigues de Araújo, de 31 anos, que mora em Mogi Mirim e viaja a Santo Antônio de Posse com frequência. Para o também frentista João Paulo Correa Vendrami, de 22 anos, que mora em Santo Antonio, viagens a Mogi Mirim para fazer compras terão de ser muito bem planejadas. “Não vai dar para ir sempre.”
O caminhoneiro Sérgio Amadio, de 41 anos, afirma que qualquer nova praça causará transtornos. “Meus gastos com pedágio em São Paulo aumentaram mais de R$ 1 mil com as novas praças e aumentos”, afirmou.
A Secretaria Estadual dos Transportes informou, em nota, que os estudos para o desmembramento da atual praça está em fase de conclusão.
A Renovias, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que ainda não foi informada sobre o interesse do governo estadual de dividir em dois o pedágio da SP-340. (FNS/AAN)

REAÇÕES

Mais cobrança

PRESCILIA RODRIGUES DE ARAÚJO
Frentista, 31 anos que mora em Mogi
“Vou ter que ficar sem ver a minha irmã, os meus avós e os meus tios que moram em Posse (Santo Antonio de Posse)”

DIOMAR SILVA
Taxista em Mogi Mirim, 64 anos
“O táxi daqui até Santo Antonio de Posse custa R$ 60,00. Vamos ter que aumentar e o passageiro não vai querer.”

JOÃO CARLOS LINO
Gerente de posto em Mogi, 59 anos
“É um absurdo. Para os caminhoneiros, é terrível. Tem muitos que pagam do bolso o pedágio.”

WILSON LUIZ CASTRO
Administrador de empresas, 49 anos
“Vai ser mais justo, porque vai dividir o valor. Não sou contra os pedágios. Sou contra esses preços abusivos.”

Fonte: Correio Popular (Campinas-SP).

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